[Minha coluna na Revista DiLourdes - Edição de setembro] São Luís, ilha do reggae ou ilha do rock?
São Luís, ilha do reggae ou ilha do rock?
Revista Dilourdes - Se Liga no som - Por Hay Lindoso
São Luís, ilha dos amores, de todas as tribos, considerada patrimônio da humanidade e claro, uma ilha cheia de ritmos, mas que ritmos são esses?
Do Bumba-Meu-boi e o Tambor-de-crioula ao Swing do Cacuriá, do axé ao forró, do reggae ao rock. A verdade é que nos últimos anos a quatrocentona tem passado por várias transformações culturais, fugindo um pouco do que caracteriza a cidade do azulejos. Nos últimos anos os produtores investiram muito em ritmos regionais e que alcançavam um grande número de pessoas, como o forró e o axé, porém, por mais irônico que pareça, São Luís sempre foi conhecida como a Jamaica Brasileira, devido ao Reggae entoado na cidade, um estilo que a cada ano atrai muitos turistas. Quem já viajou para outros estados, já se deparou com a pergunta “Você deve gostar muito de reggae, certo?”. Pode parecer estranho, principalmente para quem mora na cidade e não curte o estilo, mostrando que nem todo maranhense curte Reggae, Baiano curte axé, Piauiense curte forró etc...
Mas há quem diga que a capital mudou de rumo, o que antes era a terra do Reggae e saturada por estilos repetitivos, hoje é considerada por muitos a “Ilha do Rock”.
O rock, logo ele que sempre foi tão criticado por muitos em toda a sua trajetória, marcou presença nos palcos de São Luís nos últimos meses, o que antes era representado apenas por shows com bandas locais, regionais ou de caráter nacional, tomou as “rédias” e mostrou toda a sua cara, agora com artistas conhecidos internacionalmente
Segundo o vocalista da banda local Página57, Ramirez Costa, shows como: Scorpions, Udo, Doro, Credence, Abba, Angra, Primal Fear, Symfonia, Blind Guardian e muitos outros, só existiam na imaginação dos ludovicenses e se tornaram reais em menos de 1 ano, fazendo acreditar que há sim, um futuro para o rock em São Luís.
A falta de exploração, contato com outros cenários espalhados pelo país ou até mesmo a criação de um público fixo na capital pela falta de iniciativa onde essa linha de som fosse devidamente trabalhada, foram os principais pontos que fizeram esses eventos demorarem tanto para acontecer, afirma o baixista da banda Souvenir, Marlon Silva
A demanda de shows de rock internacionais em São Luís sempre foi intensamente criticada e questionada por muitas pessoas que caracterizavam a cidade como “fim do mundo” pela ausência não só de atrações, como de outros aspectos presentes em outras capitais, como os produtos relacionados ao estilo. Com a inclusão da cidade na rota dos grandes shows, o fornecimento desses produtos aumentou.
Segundo Marlon, a popularização do rock nas rádios do maranhão, onde se priorizavam estilos como forró, reggae e outros, tornou-se evidente, transformando alguns estilos de rock em um tipo de "pop radiofônico", agregando mais um estilo musical ao repertório maranhense, mostrando que é possível gerar uma mudança de comportamento e conhecimento de outros segmentos musicais no estado,
Para os amantes do estilo, a boa notícia é que mais shows de rock vem por aí, só nos resta esperar e enfim explorar esse grande universo em um futuro próximo.
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